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Fortaleza, Ceará, Brazil
Apenas uma alma perdida nadando em um aquário, ano após ano, correndo sobre o mesmo velho chão... O que tenho encontrado? Os mesmos velhos medos...

Escada

Dica: Queime, rasgue, delete, esqueça tudo que você tem arquivado que não gostaria de ler novamente. Procurando o texto que irei postar hoje, achei vários textinhos e anotações que eu preferia achar que não tinha mais.
Memória é uma coisa foda, pode tirar toda a empolgação de uma noite...

Bom, passada a revolta inicial, vamos ao post em si. E gostaria de falar um pouco a respeito de medos. Sim, esse tema é bem recorrente se tratando de mim. Não sei se havia expressado anteriormente, mas a coisa que mais odeio e que mais pratico é ter medo.
Um exemplo bem bobo, que pensei a caminho de casa, no ônibus. Lembrei de quando era adolescente, por volta dos 15, e até então nunca havia tido coragem de enfrentar o INSANO. Sim, todos os anos havia passeio ao Beach Park, e nunca tive coragem de ao menos subir as escadas. Até que um belo dia resolvi enfrentar o gigante de água e... foi uma das melhores sensações da minha vida. Enfrentar o medo é uma das melhores sensações da vida.
Acho que, de uma maneira geral, todos são cercados de medo. Medo de todos os tipos. Alguns até bobos, como medo de barata, ou medo de ser molhado a caminho do trabalho. Em particular, odeio o medo de não enfrentar situações que aparecem a minha frente. Uma metáfora que consegui associar a isso é que eu sempre me mantenho em estado inercial. Quebrar esse estado exige um esforço muito grande e, muitas vezes, deixo de enfrentar certas situações, pra não abalar tal inércia.
E isso é uma merda. Os melhores momentos que tive, foram proporcionados por uma quebra total do padrão em que eu seguia, uma fuga da rotina, enfrentando do meu medo. O medo de mudar. Quando o enfrentei, experimentei diversas experiências, e todas engrandeceram muito o que sou hoje. Em particular, uma pessoa entenderia perfeitamente o que digo, talvez pareça confuso para a maioria, ou até mesmo uma desculpa esfarrapada. E talvez seja, não nego. Não entendo também. A cada dia me questiono do porque agir exatamente que nem o dia anterior, se aquilo não me agrada. Mudar é complicado. Agir é complicado. Não pensar nas consequências é complicado.
Ficar parado é fácil. E eu odeio ficar parado.

-Escada

Uma escada a frente. Como vim parar aqui? Bom, não sei, não lembro, mas quando a vista ficou suficientemente límpida para eu distinguir os vultos e espectros embaçados, estava eu aqui. Diante dessa escada... Uma escada meio grotesca, mas... não sei, de certa forma parece atraente. Sim, me sinto atraído a descer,

mesmo sabendo que não devo. Como sei que não devo? Bem, é uma escada desconhecida e sombria, tudo leva a crer que não é seguro.

Mas... tudo o que mesmo? Meus pré-conceitos me levam a crer que esta escada, tosca, não me levará a algo bom.

Algo bom?

...

Eu poderia passar a noite inteira me questionando. Não tenho certeza se é noite, mas bate uma brisa agradável, e, de alguma forma, pude deduzir que já passa das 2:00 da manhã. Bom, não posso ser tão preciso, mas é o que eu sinto.

Sinto que devo descer.

E esse medo? Ah foda-se, não preciso ter medo. Não tenho medo algum. Sou como um astronauta, buscando novas galáxias! Ok, não me levem a mal, estou com essa música na cabeça.

Tenho muito medo. Da escada? Imagina, a escada é o menor de meus problemas. Mas e se alguém me chamar? E se alguém precisar de mim?

Tudo bem, admito, a escada é o meu grande medo. Mas você pode me culpar? Claro que não! Você não sabe o que tem lá embaixo!

Ok nem eu.

Aqui vou eu.

Um pouco... BASTANTE escuro. Mal posso ver o que está logo a minha frente. Aparentemente nada por aqui...

Está ficando mais escuro... hmmm

HAHAHAHAHAHAHAHAHA

Nossa, não sei o que foi isso, mas foi uma sensação boa. Diferente, me sinto bem.

Que lugar seria esse? Porque tantos têm medo de descer por esta escada? Aqui é Belo! Sublime! Quero passar o resto de minha vida aqui.

Esse...

Sim, não dá pra ver, mas...

Sim, estou chorando, mas é de felicidade!

Quando imaginei minha vida a frente, senti que seria exatamente como estou me sentindo agora.

Aquele frio no peito, causado pelo vazio, aos poucos vai sumindo. Sinto como se estivesse sendo preenchido.

Bom, não sei exatamente pelo quê, mas é algo...

Indescritível.

É difícil explicar pra quem não está aqui... mas... é mágico!

Poderia morrer agora, estou feliz.







O que é isso?

Ei, não faça isso!

porque... porque? Aqui era tão perfeito! Não, pare! não, não destrua, seja lá o que isso for!

Eu... eu estou caindo! Pare!

Não... não...

Não sinto mais o chão a meus pés. Onde será que estou agora?

Isso... não deveria estar acontecendo, deveria? É como, mergulhar em um oceano sem fundo! Mergulhar é eufemismo, AFUNDAR!

Não, não! Maldito seja o momento que desci por aquela porta! A medida que vivenciei a melhor sensação da minha vida, agora estou aqui, afundando mais e mais.

E mais. O que poderia ser pior que isso?

Maldita escada. Malditos sejam todos que um dia pensarem em descer por aquela escada. Eu os odeio. Eu me odeio. Eu odeio...

Não sei exatamente o quê, mas odeio.

O sofrimento é só meu, mas algo me foi tirado. E culpo secretamente a quem me tirou isso. Não importa se não sei quem é, Deus sabe, e ele vai transferir meus pesares. E se não o fizer, eu o amaldiçoo também. Quem precisa de um Deus que não está a seu lado no pior momento de sua vida?

Tão pouco tempo separa o homem mais feliz do mundo para o mais triste.

Tempo. Ah criatura rastejante e imponente. Eu o odeio também! É tão difícil se livrar de seus tentáculos pegajosos e infalíveis.

Será que um homem não pode aproveitar o que é bom por tempo indeterminado?

Não esse homem.

Não hoje.

Egoísmo

Eita, estou sumido hein? Poisé, os estudos e o twitter a vida, dificultaram um pouco a criação desse post, mas aqui estou de novo, disposto e ansioso pra que todos leiam meu novo texto.

E como de costume... gostaria de explanar um pouco acerca do assunto do texto.
Bom, desde... muito tempo, sempre fui meio egoísta. Sim, e talvez foi uma das grandes lições que aprendi com minha mãe. Não sou aquele cara que joga aos quatro ventos "Ah, tudo que sou devo aos meus pais...", mas isso em particular, eu devo muito.
Talvez não da maneira correta, mas minha mãe sempre apontou essa minha característica, e que eu revesse meus pensamentos e mudasse o meu modo de agir, baseado no egoísmo.
E, modestia a parte, funcionou!
Sim, hoje sou quase complexado em relação a isso (mas não vejo que isso me prejudica, é só uma atenção redobrada). Sempre procuro não ser nem um pouco egoísta. Tipo, é uma coisa que eu repudio mesmo.
Agora o sentimentalismo barato a parte, acho que meus defeitos são as coisas que eu mais "desprezo" quando observo em outras pessoas. Digo, não sei se usei a palavra correta, mas me esforço pra tentar fazer que as pessoas que me importo não conservem essas características. Será coerente? Pensando um pouquinho mais a respeito, cheguei a conclusão que eu só penso assim, porque conheço esses defeitos em particular, mais que os outros. Tudo bem, então posso dizer que isso é só um reflexo dos meus conhecimentos.
Maaaaaaaas, tem um ponto do egoísmo que eu acho importante. Hã, como assim? Egoísmo bom?
Talvez.
Se eu tomar egoísmo como um sentimento de valorização do "Eu", isso nem sempre é ruim. Se colocar a frente de suas prioridades é praticamente indispensável! Veja bem, esse discurso parece o oposto do anterior, mas acredito que este seja um caso bem particular. Quero mostrar o ponto de associação entre Egoísmo e Amor próprio. Coerente? Se não, não importa, irei falar disso mesmo assim (Ah safado!).
Poisé, voltando ao ponto em que repudio os meus "defeitos" nos outros... não sei nem se posso considerar essa característica um defeito, mas é uma coisa que eu não desejo as pessoas. Que é o fato de colocar sempre os outros em primeiro lugar. E nesse sentido, ser egoísta é bom. Sem hipocrisia, a maioria das pessoas que estão ao seu redor não merecem tanto. E é um desgaste tão intenso pra fazer com que pessoas ao seu redor se sintam bem, que pode te consumir por inteiro. E nesse ponto... seja egoísta. Claro que não estamos falando em extremos. Seu bem-estar deve ser mais importante pra você!

Então pessoal, confuso demais? AEhaueiaheiue. O que não é exatamente novidade né, é dificil falar sobre um assunto sem trabalhá-lo antes, mas é assim que gosto de discutir um assunto. Vou criando o pensamento e apresentando, e assim o torna autêntico. espero né...

É isso, abaixo mais um micro-conto, que.. bom, vou batizá-lo de "Eu, eu, eu!", espero que gostem.


-Eu, eu eu!


Eu.
Eu.
Eu.
O que mais importa?
Ao redor eu vejo rostos.
Olhares.
Expressões.
Pessoas.
Tudo que vejo é o vazio.
O vazio que um olhar traduz.
(o que ele está observando está atrás de mim).
O vazio que uma expressão traduz.
(Ela reflete um problema em seu cotidiado).
O vazio que uma pessoa produz...
O que essa pessoa representa?
Oque essa pessoa é?
...
(Ela não se importa)
(Ela não está aqui)
(Ela está em casa, ela está sofrendo)
Ela está.
Ela não está.
Ela é.
Não aqui.
Não comigo.
Enquanto eu procuro tudo, nada está aqui.
Enquanto eu...
Eu...
Que ingênuo.
Grandes coisas exigem grandes responsabilidades.
Então? Qual sua grande influência? Qual sua grande importância?
Garanto que nem você sabe responder.
Nem eu.
Nem você.
Nós.
Já discutimos isso antes?
Tudo bem, não quero ser egocêntrico, mas convenhamos...
O quê?
Voltou o diálogo?
Jamais! Aqui só um tem voz! Eu espero que isso fique claro! Eu, eu, eu!
Enquanto EU estiver falando, é melhor que todos se curvem, enquanto eu for mais importante...

Há controvérsias!
Aposto que não.
...
Enfim.
Acho que não me importo. Eu quem mando, eu quem digo, eu quem sofro.
EPA!
Epa, o quê? Você está dentro de mim, e somos de acordo, sofremos, eu sofro. Acabou.
Acabou.
Quando?
Sempre.
Sempre?
Sempre.
Desde que...
Sim, desde aquela época.
Uma criança não tem liberdade de saber seu futuro. Nem de prever. Hoje enxergo isso. Ou se não enxergo, constato! Fui ingênuo e recebi o que mereci...
Que foi...?
Você.
Eu.
Você.
Eu?
Eu.
Nós...
Enquanto for grande demais pra minha imaginação, não sobrará espaço pra imaginar(sonhar)...
Só há espaço para mim.
Pra você.
Pra mim...
Pra mim.
Eu.
Eu.

Despertar.

Bom caros desocupados fãs, venho mais uma vez com o intuito de postar um micro-conto.
Após não ter postado na minha última visita, creio que minha mãe meus seguidores sentiram falta. Então venho aqui, mais uma vez, deixar essa contribuição literária.
Mas não sem antes de debater algum assunto.

Dessa vez vai ser baseado em uma de minhas filosofias lá vem esse puto e suas putisses.
Escrevendo o texto me deparo com mais um de meus pensamento loucos. E ele inclusive tem uma história bastante duradoura.
Bom, por onde começar... pelo fim, se possível Bom, vou enunciar mais esta filosofia.
O fato é que, talvez baseado em uma "necessidade" de isolamento emocional, a chamada "crosta", desenvolvi uma característica que pode até ser prejudicial, mas sem dúvida me fez construir minha personalidade, que é o fato de não gostar de conselhos. Calma.
Digo isso porque, mesmo sendo incapaz, muitas vezes, de agir de tal maneira ou tomar certa atitude, não gosto da idéia de que exista alguém que diga para que eu faça tal ato. Não. É até infantil, mas não gosto que digam o que eu devo fazer! E não é porque eu sou o fodão, eu resolvo as "parada", não. Até porque sempre fui ruim em agir, mas, até mesmo na idéia, quero que ela parta de mim, não de uma imposição (mas veja, essa imposição muitas vezes nem existe, mas minha cabeça doentia passa a ver conselhos dessa forma).
E por não gostar que acontecesse comigo, seria muita hipocrisia minha o fazer com outros. Então devo ter sido o cara mais chato do universo ao tentar "aconselhar" alguém. Pois evito ao mááximo dizer certas coisas como: "Você devia fazer isso." ou "Isso é melhor pra você". Não. Eu não sei o que é melhor pra ninguém. Não sei nem o que é melhor pra mim, quiçá pra alguém normal.
Deve ter sido isso que me impediu de ter aquela amizade mais "grudenta" na adolescência. E quando digo grudenta, não estou criticando. É só porque deveria ser muito dificil conviver com alguém que nunca é direto, e que não está alí pra resolver seus problemas. Era onde gostaria de chegar. Ao longo da minha vida percebi que as pessoas tem uma grande necessidade de ter alguém que resolva seus problemas. Seu "herói". E eu fui exatamente contra a maré, nunca quis um herói ah vai, só o gigi xD e muito menos quis ser o herói de alguém (até porque convenhamos... kkk).
Pessoa estranha né? Quem não gosta de ter aquele amigo que sempre sabe o melhor a se fazer, o que é certo, o que vai funcionar...
Não.
Mas confesso. Muitas vezes senti uma angústia muito forte, um vazio. O QUE EU TENHO QUE FAZER! ALGUÉM ME DIZ PELO AMOR DE DEUS!
Muitas vezes por sinal. Mas sou teimoso demais, e continuei com esse pensamento. Não sei se é o certo (provavelmente não, inclusive) e, com toda certeza, não é o melhor. É muito complicado. É dificil.
Por isso me considero um belo ouvinte. Há algum tempo eu até fugia de tais conversas, sempre com o medo da responsabilidade. "E se essa pessoa me perguntar o que deve fazer?". Então fugia. É o modo mais fácil, não?
Mas eu aprendi. Aprendi que esse não é o caminho. E me tornei um ouvinte. E posso até ter bons conselhos a dar, mas todos tirados do próprio ouvinte. Resumindo, prefiro fazer com que a pessoa pense o que é melhor a ela. Pensar. Fazer pensar. Fazemos isso a todo instante involuntariamente, e mesmo assim sempre é muito dificil "pensar" quando se está com algum problema.
Como diz o ditado: "Se conselho fosse bom..."

ENFIM.
Caramba, ficou tudo tão confuso, e jogado e waaaaarh!
Não vou reler, não vou ajeitar. Talvez depois, com calma, eu edite direitinho e blá.
Mas deve ter dado uma breve noção do que penso a respeito. Não que alguém se importe tirando minha mãe \o, mas foi bom ter exposto mais uma de minhas filosofias loucas e psicóticas.

Segue o mini-conto homônimo a postagem.
Este é o conto inicial. Ele já começa meio que com o "bonde andando", mas este é o capítulo inicial daquela novela que falei, onde Máscaras I é uma parte solta pelo meio e Alice parte da transição de tudo. Enfim, é complicado porque nem eu sei ao certo como será a cronologia exata, mas sempre que houver novo capítulo, ele estará aqui.

Curtam aí, comentem (se quiserem) e enfim. CYA!

-Despertar

Sol. Despertador. 6:20, hora de levantar.
Que saco. Acordo mais uma vez depois de adormecer pensando que talvez fosse melhor não despertar.
Freddie me entenderia.
O que eu tenho que fazer?
Viver.
Porque?
Bom, sei lá...
Tudo que sei é que não quero acabar como eles. Não que sejam pessoas ruins, mas... não me imagino
com um filho como eu, tendo um trabalho rotineiro e a melhor coisa atualmente é ter terminado de pagar a casa.
Não.
Aliás, talvez eu nem queira ter uma casa.
Talvez um cachorro.
Filhos... sim, também os quero, só não sei como...
-JAMES (Sobrenome)! JÁ SÃO 6:35, QUER PERDER AULA?
-Já to levantando mãe...
Banho.
Uniforme.
Café.
Mais um dia rotineiro.
Como eu odeio isso... Talvez quando entrar na faculdade isso melhore.
Aula de Química.
Aula de Matemática.
Aula de... do que era mesmo? Acho que cochilei.
Intervalo... porque não posso chamar de recreio?
-Ei Jim, vai fazer alguma coisa esse final de semana?
-Ah, não sei, acho que vou ficar jogando, ou dormindo..
-Que saco. hehehe...

Começamos a conversar, era um amigo do colégio, gente boa, só um pouco playboy.
Olho pro lado e...
Vejo Alice. Garota legal, não do tipo muito atrante, mas tem um bom papo.
Por algum motivo eu dou uma segunda olhada nela... algo me diz que as coisas não estão muito boas.

- Ei Alice.
- Oi Jim...
- Tudo bem?
- ...
- Quer conversar?

Sirene

- Acho que agora não dá.
- Poisé... quer tomar 1 sovete ou algo do tipo depois da aula? Você aproveita e me conta o que está acontecendo. Eu te acompanho até sua casa depois.
- Pode ser.

Sei lá, não gosto que as pessoas ao meu redor fiquem mal. O engraçado é que eu não ligo muito pros problemas dos outros, mas, por algum motivo, quero tentar
conserta-los. Hipocrisia da minha parte, suponho. Já que não consigo dar conta dos meus problemas... Aliás, que problemas? Eu só falo porque tenho boca.
Uma grande boca que fala muita besteira. A verdade é que eu estou rodeado de pessoas e... mesmo assim sinto-me sozinho. Mas não importa, é só vestir uma
de minhas máscaras e prosseguir. Posso convencer aos outros que está tudo bem, porque não posso convercer-me também?

Última aula. Química. O professor fala de algo que eu não estou nem um pouco interessado. Dormi praticamente todas as aulas. Alguns me perguntam se eu não
estou preocupado com o vestibular. Bem, por sorte meu curso não é lá tão concorrido, e eu me dou bem nos simulados mesmo sem estudar. Não tenho pretensões
de ficar em primeiro, então isso me basta.

Fim de aula. Saio ao encontro de Alice. Não é como se estivesse dando em cima dela. Ela é uma boa amiga, e quero que ela fique bem. Não estou afim dela.

Sorvete. Conversa.

Ela está com problemas em casa. Com os pais. Tento ajudá-la, converso. Ela se diz agradecida, e que vai tentar seguir meus conselhos.
Deixo-a em casa. Parece que está tudo bem.
Transporte.
Casa. Lar doce... ah, foda-se.
Durmo a tarde inteira pra vadiar na internet durante a madrugada. Até meados das 3 da manhã converso novamente com Alice. Ela parece mais animada,
conversamos ininterruptamente até que ela decide dormir. Eu continuo. Na frente do computador parece que não tenho sono. Quando amanhece eu vou dormir.
Um sono breve, quase cochilo, pois logo em seguida minha mãe irá me acordar pra outro dia como este. E que dia chato. Aliás, todos os meus dias nesse ano
estão um saco. Minha vida é um saco. Ao menos hoje dei uma volta fora do meu ciclo rotineiro. Será que ela foi mesmo dormir? Será que ela está bem?

É uma boa garota, afinal.

Dormir.

Spotless Mind

Sim. Antes que você me pergunte se o titulo do post tem algo a ver com o filme. O post tem algo a ver? Talvez. Pra ser sincero ainda não vi o filme por completo. Mas o que gerou esse título foi pensar sobre essa frase. E o que a frase me fez lembrar...

Não sei nem direito o que falar então fica na tua ¬¬, mas gostaria de jogar pensamentos aleatórios e se vocês não entenderem agora fodam-se, nem ligo, talvez dê margem a entender o que eu venha a fazer.

Ta tão confuso né? Vou tentar recomeçar.

Uma grande amiga (a qual conversei hoje) me fez relembrar de uma antiga filosofia minha, que por uns tempos até tinha esquecido. E é impressionante como ela me serve perfeitamente hoje. Tudo bem, é melhor explicar primeiro a filosofia. esse cara acha que é alguma coisa pra andar cheio das filosofias...Bem, por mais que valorize amizades ao extremo, sempre tive a visão de que as pessoas esquecem das outras. E que, por mais que seja forte o laço que você tem por alguém, um dia ele quebra.
Meio triste né? E isso até impediu que eu tivesse ligações muito fortes... isso e o fato de guardar problemas no fundo de minha carapaça. Bem, e é onde quero chegar. Hoje vejo perfeitamente isso acontecendo.
Você acha que pessoas vêm pra ficar na sua vida, e, algum tempo depois, as vê totalmente desligadas de sua realidade. E é onde entra o título. Mente sem Lembranças... Será que as pessoas simplesmente esquecem? Será que naquele momento pré sono, ao encostar a cabeça no travesseiro, quando as lembranças do dia e da vida passam, como em um piscar de olhos, pela mente, será que elas lembram de você? Das alegrias, brincadeiras, piadas, brigas (porque não). Será que nesse momento...
Não vou dizer que sou superior. Talvez alguém pense isso a meu respeito (o que eu duvido muito, mas quem sabe), mas a dor do esquecimento é bem forte. Um trecho na música do Skank me faz lembrar justamente sobre isso: "E quando eu estiver morto, suplico que não me mate... Dentro de ti..."
E o que me passa pela cabeça é: “Quanto tempo mais me resta para que os que estão ao meu redor me esqueçam completamente?”. Por isso passei tanto tempo sem lembrar dessa filosofia... Realmente acredito nela, e por acreditar tenho medo. Medo que se repita. Quanto mais medo, maior hesitação.
E como eu odeio hesitar.
E como eu odeio ter medo.
Minhas melhores fases foram as que eu quebrei esses medos e hesitações. “Mas... sou eu né?”* eles acabam por me seguir e perseguir... parecem sempre ser mais fortes.
De fato são...
Como você sabe o quão é importante? O que fazer pra ser inesquecível? Sinceramente não sei. E provavelmente nunca vou saber. Quando mais me esforcei pra ser, falhei miseravelmente. Então vou em busca de histórias. Talvez possa aprender com os outros.

O que acho triste é que muitos se tornam de fato inesquecíveis, sem o devido merecimento.

Acho que Alice me entenderia...
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Como não escrevi nenhum conto, vou ao menos deixar a letra de uma música que gosto, original seguida da tradução. Sem vídeos, pois o estilo pode agradar a uns e a outros não, então deixem a imaginação agir apenas em cima da letra. cya.



Victim Of Changes
Judas Priest

Whiskey woman don't you know that you are drivin' me insane
The liquor you give stems your will to live and gets right to my
brain
Don't you know you're driving me insane
You're tryin' to find your way through life
You're tryin' to get some new direction
Another woman got her man
She won't find no new connection

Takes another drink or two, things look better when she's
through

Takes another look around, you're not goin' anywhere
You've realized you're gettin' old and no one seems to care
You're tryin' to find your way again
You're tryin' to find some new...
Another woman's got her man
But she won't find a new...

Takes another drink or two, things look better when she's
through

You 'bin foolin' with some hot guy
I want to know why is it why
Get up get out you know you really blew it
I've had enough, I've had enough, good God pluck me

Once she was wonderful
Once she was fine
Once she was beautiful
Once she was mine...she was mine

Now change has come over her body, she doesn't see me anymore
Now change has come over her body, she doesn't see me anymore

Changes, changes, changes, changes
Victim of changes


Vítima das Mudanças:

Moça do uísque
Você não sabe que você está me deixando louco?
O licor que você oferece sustenta sua vontade de viver
E vai direto para o meu cérebro
Você não sabe que você está me deixando louco?
Você está tentando achar seu caminho na vida
Você está tentando achar alguma nova direção
Outra mulher conquista seu homem
Ela não encontrará nenhuma nova conexão

Aceite mais um drinque ou dois
As coisas parecem melhores
Quando ela está inebriada

Dê mais uma olhada em volta
Você não vai a lugar algum
Você percebe que está ficando velho
E ninguém parece se importar
Você está tentando retomar seu caminho
Tentando achar algum novo...
Outra mulher conquista seu homem
Mas ela não achará um novo...

Aceite mais um drinque ou dois
As coisas parecem melhores
Quando ela está inebriada

Você tem tido aventuras com algum garotão
Eu quero saber o por que disso, por quê?
Levante-se, vá embora
Você sabe que estragou tudo
Pra mim basta, pra mim basta
Bom Deus, dê-me coragem

Ela já foi maravilhosa
Ela já foi minha
Ela já foi linda
Ela já foi minha... ela era minha

Agora a mudança caiu sobre o corpo dela
Ela não me enxerga mais
Agora a mudança caiu sobre o corpo dela
Ela não me enxerga mais

Mudanças, mudanças, mudanças, mudanças
Vítima das mudanças

Road.

Bom, já que os fãs estavam clamando por posts faz tempo que não posto, hoje, durante a aula do meu carrasco querido professor de métodos, escrevi algo a respeito de um tema que já gostaria de abordar, só não tinha texto pra expor =x.

O titulo não é muito intuitivo, mas a intenção era tratar de viagem. Ou mais especificamente, o que considero como "ideal de vida".
Até minha adolescência, nunca parava muito pra pensar no futuro. "O que vier ta bom". E talvez seja por isso que criei esse desapego, esse espírito niilista, no sentido de não almejar riqueza, casas, carros... enfim.
É infantil, é ingênuo, mas eu procuro a felicidade. E ela não está ligada nem um pouco a bens materiais. Sim, e é aí que a estrada entra. Viajar por aí, conhecer pessoas, viver diferentes experiências.
Preciso abrir um parêntese a respeito de experiências, pois ela está inclusa em uma de minhas filosofias de vida. Sinceramente, não espero, no futuro, olhar para trás e dizer: Eu vivi 50 anos. Ou 70, ou 200. Não, não quero contar minha vida por quantidade de tempo (aliás, eu já falei um pouco a respeito dele, não?), e sim pelo que vivi, o quanto vivi, seja em 100 anos, ou em 20.
E desde que assumi essa filosofia, procuro vivenciar o máximo de experiências que me agradem. Não quero dizer com isso que vou fazer algo que não tenho vontade apenas para "somar" em minha experiência. Não mesmo.
Claro que minha personalidade não ajuda tanto nessa minha filosofia. A timidez talvez venha sendo um dos meus inimigos, mas o pior deles é realmente a baixa auto-estima.
Voltando a estrada... Não sei o que quero com isso. Fuga? Talvez. Aliás, é o que me pergunto todo o tempo. Realmente não me dou bem com responsabilidades. Aí entra a baixa auto-estima, não queria que outras pessoas dependessem de mim, por não confiar na minha capacidade... enfim. Mas essa fuga pode ter um resultado positivo. Conhecer lugares diferentes e pessoas diferentes pode me fazer, de fato, amadurecer.
Bom, enquanto não encontro minha estrada, e continuo "preso" a este lugar, deixo o texto, homônimo ao post, que não tem muuuuito a ver com o que falei, mas o que vale é a intenção.


-Road

Andando por esta rua, vejo, através dos retrovisores, tudo que passei. Mas não posso olhar para trás. Não posso me virar, apesar de não ver nada a minha frente. Nos espelhos, vejo um sorriso. Mal posso crer, sou eu quem está alí.
Ah, um garoto feliz.
Agora estou andando. Andando sempre em frente. Feliz? Triste?
Andando.
Foda-se! Há uma seta saindo do meu peito e que, sem querer, guia meu caminho, me diz aonde ir.
Foda-se. Preciso dribrá-la e me perder. Do destido. Das pessoas.
De mim.
Agora vejo um olhar. Aquele de ressaca, que me fez ir tão fundo ao mar, do qual não pude voltar.
Então afundei. Afundei e cheguei nesta estrada. Não consigo correr. Não consigo pular.
Não consigo olhar para trás.
Em cada cruzamento vejo um rosto conhecido. E suas estradas são claras. Na frente prevalecem as cores. A felicidade.
Mas não posso parar.
Apenas acenar, passar.
Em frente... Em frente... se ouvesse um raio de esperança para iluminar o caminho... uma chama de entusiasmo...
Agora vejo um rosto.
Sou eu, olhando atravéz de um espelho, tentando imaginar o que me aguarda no futuro.
Durma criança. Não perca seu tempo. Aproveite o recreio. Viva enquanto pode.





Você não sabe de nada.

Pedra.

Não vou me prender muito ao post, porque seria redundante. O texto é bem antigo, mas é engraçado porque é exatamente como me sinto no momento.... Engraçado como as coisas se repetem.

Sendo bem egoísta agora, uma vez uma pessoa disse que queria me ver feliz ao menos uma vez na vida, mas não se esforçou o bastante para que isso se tornasse realidade.

Enfim, abaixo talvez as coisas fiquem mais claras, ou não. No fundo não importa, não é mesmo?



Pedra-

Tenho chorado todo dia, sinto vontade de chorar várias horas no dia. Porque? Bem, pode-se dizer que o recreio está acabando. Iai, se divertiu? porque não terá outra oportunidade assim. Algumas pessoas nascem pra brilhar. Eu não sou e nem nunca pensei que seria uma dessas. Por um momento, um leve devaneio,
alguém tentou me provar o contrário. Mas... é inevitável. Sou eu. Eu. Não nasci pra essas coisas. Tenho que me acostumar com a coadjuvância. Ou me juntar a
Alice. Uma pedra é uma pedra. Você pode jogá-la, iai, por um breve período, ela irá voar, mas no fundo ela continua sendo uma pedra. Mergulhei, mergulhei
fundo, e ainda estou mergulhado, nesse sentimento. Mas, como pedra, irei até o fundo, e não há ninguém pra socorrer uma pedra no fundo do oceano.

Parece que ainda escuto aquela voz: É cara... se divertiu? Foi bom? Mas você sabe, e sabia, é VOCÊ, não adianta esperar que algo bom perdure por muito tempo.
Não me leve a mal, mas agora eu só queria poder dormir, dormir muito, muito.

O pior é que ainda existem pessoas que gostam de mim. Coitadas, não vêem que não vale a pena. Uma pedra é só uma pedra. Você a retira do seu caminho.
De volta a mediocridade. É a única coisa que me parece fazer sentido. De volta a minha vida. Aquela que eu achei que poderia mudar de alguma forma. Mas...
sou eu né? Fazer o quê... certas coisas não mudam.

Uma pedra é só uma pedra.

Máscaras I

Bom, o post tem como objetivo apresentar o novo conto sobre Alice, que também faz parte de uma série de contos sobre a novela que pretendo desenvolver [+mistério]. E como o tema proposto (como sugere o título) é sobre mascaras, queria falar um pouco sobre as minhas máscaras e minha visão sobre elas.
Acho que em toda minha vida sempre utilizei bastante esse "recurso" social. Talvez seja facilmente observado como falsidade (e talvez realmente o seja, mas não queria entrar nessa questão) mas acredito que seja algo bem mais profundo. A minha visão é que o conjunto de máscaras que utilizo formam o meu caráter e personalidade, mas em geral não as uso ao mesmo tempo. A analogia é que pessoas que se entregam, ou que se mostram como "realmente são" utilizam todas as suas máscaras simultanemante. Já eu desde pequeno, talvez como forma de defesa mesmo, utilizei uma para cada ocasião. Elas te trazem uma adaptabilidade muito grande a diversos tipos de situações ou grupos de pessoas com que você se depara. Uma máscara para cada momento.
No meu caso, gosto muito de associar essa analogia com o Pierrot. Um palhaço que está triste. Ele tem que passar a imagem de alegria, mas está morrendo por dentro. O poder de sua máscara é tão forte quanto o numero de pessoas que ele consegue fazer sorrir, mesmo estando melancólico. Não necessariamente o que se esconde com uma máscara é a tristeza, mas talvez seja uma das mais complexas.
A máscara, como disse anteriormente, é um mecanismo de defesa muito poderoso, mas pouco duradouro. Você pode passar para os outros uma certa imagem, e se convencer por um bom período de que você se sente daquela forma, mas é inevitável se deparar com o verdadeiro sentimento. Ele vai te alcançar nos momentos mais íntimos, ou nos momentos de solidão.
Bom, esse assunto é particularmente especial pra mim, pois durante muito tempo eu pensei que essa fosse a minha melhor qualidade e a coisa que eu melhor fazia, mascarar o que sinto. Sempre me gabei de poder me adaptar a qualquer grupo de pessoas ou qualquer situação, apenas manipulando o que eu gostaria que os outros vissem a meu respeito. Mas os ultimos tempos foram bastante intensos. E... não sei, ainda guardo resquícios fortes das minhas máscaras, mas hoje eu prefiro "jogar" nas pessoas como eu estou me sentindo. E como eu realmente sou. Sim, eu sou esse idiota que está na sua frente, provavelmente fazendo alguma idiotice. E não me importo se não lhe agrada... quer dizer, é uma pena, mas eu sou isso. E para aqueles que simpatizaram ou aturaram esse jeito... só o que desejo é sorte, porque vem mais "disso" por aí...

Acho que já mostrei mais do que deveria a respeito do que acredito ser essa tal "Mascara", e baseado nisso ou não fica o segundo conto de Alice.


Máscaras I-

2:27
Uma bela tarde de domingo. Cheguei mais cedo, não sei porque, acho que não queria passar mais tempo em casa. Ele deve chegar às 3:00
- Um café, por favor.
Não que eu esteja com vontade de beber café, mas ficar parada me deixa ansiosa. Melhor me distrair com algo. Ao menos se me distrair, o café quente irá me lembrar do que ainda me espera hoje, não posso me perder agora, não hoje, não posso fazer isso com ele.
2:55
Sinto uma leve excitação por pensar que ele está pra chegar. Essa semana foi um pouco complicado, não fui a aula nos ultimos 3 dias. Disse a todos que estou indisposta. Não que seja realmente mentira, mas... não sei, cada dia parece ficar mais longo, e mesmo assim não há nada pra fazer nesse tempo. Livros vêm sendo meus melhores amigos.
3:07
Ele chega.
-Oi meu amor, demorei?
-Imagina.
Esse tempo foi particularmente doloroso, não pela duração, mas a expectativa que ele trouxe... esperar fica cada vez mais dificil
-Então, você está melhor? Estou preocupado.
-Acho que estou melhorando.
Cada dia fico pior.
-Já pediu alguma coisa?
-Ainda não.

3:47
...
-E então o Machado fez aquela mesma piada de sempre, você sabe como eu sou, sempre rio de tudo, mas já está ficando meio cansativo.
-Aham...
O que ele disse mesmo? Nossa... o Jim é uma das melhores pessoas que eu já conheci, mas... não, é melhor não aborrecê-lo com essas coisas.
-E então, sua mãe tem alguma novidade sobre aquela viagem?
-Que viagem?
-Seus pais não iam passar uma semana fora..? Você me disse isso ontem.
- Ah sim...
Ando distraída, mas é realmente bom lembrar disso. Em casa o clima está cada vez pior. Não por culpa dos meus pais ou de ninguém... É só que eu me sinto uma visitante na minha própria casa.
-Já está tudo confirmado, eles viajam na terça.
-E você vai realmente ficar só em casa?
-Talvez, mas isso ainda não ficou decidido.
Realmente espero que sim.

4:07
...
-A conta, por favor. Então, vai querer ir lá em casa hoje?
-Acho melhor não, minha mãe quer ajuda com o jardim, e eu ainda não estou totalmente recuperada.
Quem dera... Eu amo o Jim, mas nos ultimos tempos as coisas estão ficando um tanto cinzas. Quer dizer, será que é culpa dele? Realmente não acho que seja, talvez seja eu. Ou apenas o tempo mesmo. Talvez nosso tempo esteja acabando. É melhor continuar assim.
-Tudo bem.
Será que eu estou sendo cruel? Eu não me sinto falsa dizendo essas coisas a ele, eu só quero poupá-lo de certas situações. Não, eu não sou um monstro, quero o bem dele, ele merece. O problema está em mim mesmo. Não sei o que, e talvez nem precise de um motivo, então não posso fazer ninguém sofrer por isso.

4:39
...
-27,50.
-Quanto deu minha parte?
-Por favor Alice, eu não vou deixar você pagar nada.
Ele sabe que eu odeio quando ele faz isso. Mas tudo bem... dessa vez.

4:57
-Você vai ficar bem?
-Sim, sim. Obrigado pela carona.
-Você sabe que é um prazer. Posso te ligar mais tarde?
-Com certeza.
-Bom... até mais tarde então.
É melhor assim. Acho que posso aguentar essa angústia. Não preciso preocupar o Jim com isso. Melhor guardar esse sentimento em mim e pensar em outras coisas, talvez na escola -por sinal tenho um teste na semana que vem- no meu relacionamento com o Jim... Fico feliz porque as coisas estão dando certo pra ele nos ultimos tempos, ele era melancólico e hoje parece tão vivaz. As coisas vão melhorar, com certeza. Só preciso dar um tempo que tudo irá ficar melhor, afinal, o tempo resolve tudo não é mesmo?

Madness?

Bom, pensei nesse tema de post a partir de uma frase que me veio a cabeça outro dia, que irei citá-la logo a frente.
Bem... o que é loucura? Agir diferente da maioria? Ir contra o "fluxo"? Além da loucura diagnosticada, muitos são taxados de loucos por fazer coisas diferentes. Bem, particularmente, prefiro ser louco a agir como a maioria.
A loucura está nos olhos de quem não vê. Essa frase exprime a minha opinião sobre a loucura em si. Eu mesmo posso chamar alguém de louco por não compreender, não "enxergar" uma dada situação, e taxar de loucura.
Muitos até mesmo apreciam a loucura. Se observarmos esse estado como a quebra da normalidade, podemos até chegar a conclusão que a loucura é artística! Sim, e muitos artistas a utilizam para criar grandes obras. Uns fogem da loucura, outros encontram nela a paz.
Claro que estou subjetivando demais o assunto. Pessoas podem perder o controle por estar em 1 estado diagnosticado de loucura. É nesse ponto que entramos na dor que a loucura pode causar nas pessoas. Desprender-se demais do "mundo real" pode ser mais doloroso do que viver nele. Por "mundo real" entenda o que quiser, mas EU faço uma associação direta com a rotina. Rotina é a coisa mais destrutiva com que lido na minha vida. Odeio estar preso em um ciclo que parece pré-estabelecido. Então, no meu caso, fugir do meu "mundo real" é bom.
Bem, falando um pouco de mim em relação ao assunto, consigo de cara me encaixar em 1 tipo de loucura: a bipolaridade. Meu melhor estado é o niilista. Desvalorização de tudo, no sentido de não me preocupar com as consequências... Aliás, queria realmente poder manter esse estado por mais tempo.
Bom, pra acabar com toda essa enrolação, e sem fugir do tema, disponibilizo aqui um texto meu bem bipolar que tenho guardado a algum tempo. Não o nomeei, e acho melhor assim. Se nada me vem à cabeça de cara, é melhor deixar em branco. Forçar um título poético só o tornaria mais medíocre ;p


-

- AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

- Do que você ta rindo?

- Não parece óbvio? De você.

- ...

- Você é uma grande piada, deveria se dar conta disso. Não é você que entende das coisas?

- Quando se trata de si, os pensamentos são um pouco diferente.

- Não parou pra pensar que as coisas são simples? Aliás, foi você quem me ensinou isso.

- O que você quer que eu diga? O que você quer dizer com isso?

- Não sei também, você não parece muito disposto a mudar nem de ouvir sobre qualquer coisa a seu respeito. Você fala que as pessoas precisam de ajuda, mas... FODA-SE, elas não precisam da SUA ajuda, não de alguém que só se lamenta e não tem coragem de se levantar.

- E o que me resta então?

- Você não sabe? O que você, no alto da sua sabedoria diria a si mesmo.

- O que você me diria?

- Por um tempo eu tentei te dizer algo, mas agora acho que não tem o que dizer. Você me decepcionou.

- Mas que novidade... Já me conformei com isso.

- Me afogue na suas lembranças, então.

- Eu pensei que você fosse me salvar, e agora eu tenho que te afogar?

- Você não entende nada mesmo...

- Eu preciso de você.

- Agora é tarde.

- Pensei que não ligássemos pra tempo.

- Não, não... Você quem sempre falou isso. Ele está aí e você, no alto de sua ingenuidade, pensou que poderia viver sem pensar nele. O tempo te pregou uma peça...

- Acho que o tempo acabou pra essa conversa então.

- Você não tem crença nem nos próprios pensamentos, como pretende que tudo isso passe?

- ...

- Durma. E me deixe dormir... Dividir o mesmo corpo é suportável, mas não posso ficar ouvindo sua voz por muito mais tempo. Você controla a mente e o corpo, eu sou só um intruso... me deixe ao menos descansar em paz.

E lá vamos nós...

Bom, finalmente ajeitei a merda dos comments... agora vai continuar sem nenhum comentário vai chover comentários sobre meu digníssimo conto xDDD

Talvez seja meio precipitado, não pude ler comentários sobre o conto por motivos de noobice força maior... mas mesmo assim vou falar um pouco dele, as referências que usei (apesar de algumas serem bastante claras) enfim...

Pra começar, não posso deixar de comentar que o Gato de Cheshire é o meu xodó... nem de bixanos eu gosto, mas a subjetividade e a "metáfora", digamos assim, que ele representa, chamou bastante a minha atenção. Deve ter sido por isso que comecei com referência a ele....

O texto fala da MINHA alice, não é como se a Alice do Lewis Carrol tivesse acordado e se deparado com essa situação. Minha personagem está nessa situação, e através de toda essa chuva de referências, eu tentei mostrar o triste universo em que ela se encontra... Só deixei isso claro pois já haviam me perguntado sobre... então, sou possessivo, MINHA Alice =D.

The time is gone
the song is over,
thought I'd something more to say

Esse é 1 trecho da música "Time" do Pink Floyd, que de forma cara de pau sutilmente coloquei a parte traduzida... Tenho uma opinião muito elaborada sobre o tempo, não no sentido físico, talvez metafísico da coisa, e não podia deixar de expressar, mesmo que por referência, essa minha... paixão, digamos assim.
Queria comentar cada trecho em que existe a referência direta ao Alice no país das maravilhas, mas essa parte é melhor deixar a cargo do leitor FILHO DA PUTA!.


Fora isso, eu queria ter feito 1 post mais geral, falar das coisas que pensei nesse meio tempo... Mas acho melhor deixar para 1 futuro post... então vou só dá uma dica de música e talz, quem tiver afim escuta, quem não tiver vá se foder não escuta e ficaremos todos felizes xDD

Salute Your Solution - The Raconteurs

Boa Leitura, espero que tenham gostado.

Ps: Achei um arquivo em que eu falo de cada referência, uma a uma... então vou deixar aí pra download, pra quem se interessar. Cya

Referências

Alice

Bom, essa é minha primeira postagem e sei que ninguém se importa todos estão ansiosos pelo conteúdo xDDD. Antes de tudo gostaria de dizer que, com este blog, não tenho nenhuma pretenção financeira ou profissional, apenas falar um pouco sobre mim e mostrar alguns lixos textos maravilhosos de minha autoria =D.
Ok, inspirado pelo nome do Blog, inicio-o com um conto de minha autoria, entitulado: Alice. Nesse post vou apenas colocar o conto, cru, e depois comentar um pouco das referências que usei e tudo mais... Bem, é isso aí, se algum dia alguém além da minha mãe ler este blog, espero que se mate por não ter nada melhor pra fazer aproveite e volte sempre =D


Alice-

Acorda Alice... O gato de cheshire se desfaz em um redemoinho de cores, ele é apenas um gato magro e sarnento que lambe, com sua lígua áspera, seus dedos de menina...
Dedos estes que não estão sendo usados pra tomar chá... não, não... o máximo que eles carregam é um controle de uma televisão velha, chiando ao fundo...
A programação acabou... passa das 4. Alice cresceu, encolheu... mas agora lhe parece menor que nunca.
Tirando a cabeça que dói, lateja, prestes a explodir. Mas Alice está pequena. pequena demais pra tentar entender o mundo... o mundo, as pessoas, a vida. Isso tudo está corroendo sua pele, batendo em sua alma. E ela sabe, sua alma é frágil. Aquele sonho, seu mundo de fantasias, aquele coelho tão doce e apressado...
O coelho se foi, mas o tempo continua passando.
Rápido, devagar, rápido, rápido, devagar... sempre indo de encontro ao que ela deseja... quando encontra um breve momento de felicidade, os ponteiros voam... quando algo está corrompendo-a, cada segundo é infinito. Naquele momento o relógio estava parado. Alice está acordada. O que aconteceu antes de seu sonho... talvez ela prefira esquecer.
O tempo se foi,
a canção terminou
pensei que tivesse algo a dizer.
Não tinha. O mundo era demais pra Alice. Aquele mundo de ilusões era tudo que tinha. Mas aquela lembrança parecia se formar em um espelho fosco e trincado... Seu rosto tentava se formar em milhões de pedaços de vidro. Mas é tarde.
Tristeza? Não, se Alice conseguisse juntar forças o bastante pra sentir qualquer coisa, talvez ela ainda tivesse alguma esperança. A única coisa que quebrava o silêncio dos pensamentos aleatórios em sua cabeça para. Cai a energia... calor e escuridão... Não que isso fosse um problema.
O céu começava a clarear... Alice previa que não veria a lua novamente... Ela começou pelo começo e seguiu.... seguiu até onde achou que fosse o fim, e parou. Ela não suporta ficar parada, mas não tem nenhuma motivação pra se mexer... Egoísmo nunca foi uma das suas características... mas nada parecia importar muito. Acabar com aquela dor em sua cabeça e se livrar do vazio, aquilo sim parecia fazer sentido. Quando se está cheio, ainda há algo a despejar,
mas quando tudo se torna vazio... é o fim da linha... Era só nisso que ela conseguia pensar.
Não importa se está comendo o que vê, ou vendo o que come.... porque não há nada em suas mãos, a comida acabou e a vontade de comer já não existe mais.
Uma carta, não de copas, é tudo o que Alice, em seu estado latente, consegue escrever. Não mais que 15 linhas,não mais que meia dúzia de explicações. Uma corda, um banquinho.
Alguns dias depois ela é encontrada. Com seu vestidinho azul, de babado, descalça. Seus cachos não pareciam tão belos, mas sua feição era, impressionantemente, serena.
A rainha ficaria orgulhosa, finalmente conseguiu a cabeça da jovem Alice.


 

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