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Fortaleza, Ceará, Brazil
Apenas uma alma perdida nadando em um aquário, ano após ano, correndo sobre o mesmo velho chão... O que tenho encontrado? Os mesmos velhos medos...

Despertar.

Bom caros desocupados fãs, venho mais uma vez com o intuito de postar um micro-conto.
Após não ter postado na minha última visita, creio que minha mãe meus seguidores sentiram falta. Então venho aqui, mais uma vez, deixar essa contribuição literária.
Mas não sem antes de debater algum assunto.

Dessa vez vai ser baseado em uma de minhas filosofias lá vem esse puto e suas putisses.
Escrevendo o texto me deparo com mais um de meus pensamento loucos. E ele inclusive tem uma história bastante duradoura.
Bom, por onde começar... pelo fim, se possível Bom, vou enunciar mais esta filosofia.
O fato é que, talvez baseado em uma "necessidade" de isolamento emocional, a chamada "crosta", desenvolvi uma característica que pode até ser prejudicial, mas sem dúvida me fez construir minha personalidade, que é o fato de não gostar de conselhos. Calma.
Digo isso porque, mesmo sendo incapaz, muitas vezes, de agir de tal maneira ou tomar certa atitude, não gosto da idéia de que exista alguém que diga para que eu faça tal ato. Não. É até infantil, mas não gosto que digam o que eu devo fazer! E não é porque eu sou o fodão, eu resolvo as "parada", não. Até porque sempre fui ruim em agir, mas, até mesmo na idéia, quero que ela parta de mim, não de uma imposição (mas veja, essa imposição muitas vezes nem existe, mas minha cabeça doentia passa a ver conselhos dessa forma).
E por não gostar que acontecesse comigo, seria muita hipocrisia minha o fazer com outros. Então devo ter sido o cara mais chato do universo ao tentar "aconselhar" alguém. Pois evito ao mááximo dizer certas coisas como: "Você devia fazer isso." ou "Isso é melhor pra você". Não. Eu não sei o que é melhor pra ninguém. Não sei nem o que é melhor pra mim, quiçá pra alguém normal.
Deve ter sido isso que me impediu de ter aquela amizade mais "grudenta" na adolescência. E quando digo grudenta, não estou criticando. É só porque deveria ser muito dificil conviver com alguém que nunca é direto, e que não está alí pra resolver seus problemas. Era onde gostaria de chegar. Ao longo da minha vida percebi que as pessoas tem uma grande necessidade de ter alguém que resolva seus problemas. Seu "herói". E eu fui exatamente contra a maré, nunca quis um herói ah vai, só o gigi xD e muito menos quis ser o herói de alguém (até porque convenhamos... kkk).
Pessoa estranha né? Quem não gosta de ter aquele amigo que sempre sabe o melhor a se fazer, o que é certo, o que vai funcionar...
Não.
Mas confesso. Muitas vezes senti uma angústia muito forte, um vazio. O QUE EU TENHO QUE FAZER! ALGUÉM ME DIZ PELO AMOR DE DEUS!
Muitas vezes por sinal. Mas sou teimoso demais, e continuei com esse pensamento. Não sei se é o certo (provavelmente não, inclusive) e, com toda certeza, não é o melhor. É muito complicado. É dificil.
Por isso me considero um belo ouvinte. Há algum tempo eu até fugia de tais conversas, sempre com o medo da responsabilidade. "E se essa pessoa me perguntar o que deve fazer?". Então fugia. É o modo mais fácil, não?
Mas eu aprendi. Aprendi que esse não é o caminho. E me tornei um ouvinte. E posso até ter bons conselhos a dar, mas todos tirados do próprio ouvinte. Resumindo, prefiro fazer com que a pessoa pense o que é melhor a ela. Pensar. Fazer pensar. Fazemos isso a todo instante involuntariamente, e mesmo assim sempre é muito dificil "pensar" quando se está com algum problema.
Como diz o ditado: "Se conselho fosse bom..."

ENFIM.
Caramba, ficou tudo tão confuso, e jogado e waaaaarh!
Não vou reler, não vou ajeitar. Talvez depois, com calma, eu edite direitinho e blá.
Mas deve ter dado uma breve noção do que penso a respeito. Não que alguém se importe tirando minha mãe \o, mas foi bom ter exposto mais uma de minhas filosofias loucas e psicóticas.

Segue o mini-conto homônimo a postagem.
Este é o conto inicial. Ele já começa meio que com o "bonde andando", mas este é o capítulo inicial daquela novela que falei, onde Máscaras I é uma parte solta pelo meio e Alice parte da transição de tudo. Enfim, é complicado porque nem eu sei ao certo como será a cronologia exata, mas sempre que houver novo capítulo, ele estará aqui.

Curtam aí, comentem (se quiserem) e enfim. CYA!

-Despertar

Sol. Despertador. 6:20, hora de levantar.
Que saco. Acordo mais uma vez depois de adormecer pensando que talvez fosse melhor não despertar.
Freddie me entenderia.
O que eu tenho que fazer?
Viver.
Porque?
Bom, sei lá...
Tudo que sei é que não quero acabar como eles. Não que sejam pessoas ruins, mas... não me imagino
com um filho como eu, tendo um trabalho rotineiro e a melhor coisa atualmente é ter terminado de pagar a casa.
Não.
Aliás, talvez eu nem queira ter uma casa.
Talvez um cachorro.
Filhos... sim, também os quero, só não sei como...
-JAMES (Sobrenome)! JÁ SÃO 6:35, QUER PERDER AULA?
-Já to levantando mãe...
Banho.
Uniforme.
Café.
Mais um dia rotineiro.
Como eu odeio isso... Talvez quando entrar na faculdade isso melhore.
Aula de Química.
Aula de Matemática.
Aula de... do que era mesmo? Acho que cochilei.
Intervalo... porque não posso chamar de recreio?
-Ei Jim, vai fazer alguma coisa esse final de semana?
-Ah, não sei, acho que vou ficar jogando, ou dormindo..
-Que saco. hehehe...

Começamos a conversar, era um amigo do colégio, gente boa, só um pouco playboy.
Olho pro lado e...
Vejo Alice. Garota legal, não do tipo muito atrante, mas tem um bom papo.
Por algum motivo eu dou uma segunda olhada nela... algo me diz que as coisas não estão muito boas.

- Ei Alice.
- Oi Jim...
- Tudo bem?
- ...
- Quer conversar?

Sirene

- Acho que agora não dá.
- Poisé... quer tomar 1 sovete ou algo do tipo depois da aula? Você aproveita e me conta o que está acontecendo. Eu te acompanho até sua casa depois.
- Pode ser.

Sei lá, não gosto que as pessoas ao meu redor fiquem mal. O engraçado é que eu não ligo muito pros problemas dos outros, mas, por algum motivo, quero tentar
conserta-los. Hipocrisia da minha parte, suponho. Já que não consigo dar conta dos meus problemas... Aliás, que problemas? Eu só falo porque tenho boca.
Uma grande boca que fala muita besteira. A verdade é que eu estou rodeado de pessoas e... mesmo assim sinto-me sozinho. Mas não importa, é só vestir uma
de minhas máscaras e prosseguir. Posso convencer aos outros que está tudo bem, porque não posso convercer-me também?

Última aula. Química. O professor fala de algo que eu não estou nem um pouco interessado. Dormi praticamente todas as aulas. Alguns me perguntam se eu não
estou preocupado com o vestibular. Bem, por sorte meu curso não é lá tão concorrido, e eu me dou bem nos simulados mesmo sem estudar. Não tenho pretensões
de ficar em primeiro, então isso me basta.

Fim de aula. Saio ao encontro de Alice. Não é como se estivesse dando em cima dela. Ela é uma boa amiga, e quero que ela fique bem. Não estou afim dela.

Sorvete. Conversa.

Ela está com problemas em casa. Com os pais. Tento ajudá-la, converso. Ela se diz agradecida, e que vai tentar seguir meus conselhos.
Deixo-a em casa. Parece que está tudo bem.
Transporte.
Casa. Lar doce... ah, foda-se.
Durmo a tarde inteira pra vadiar na internet durante a madrugada. Até meados das 3 da manhã converso novamente com Alice. Ela parece mais animada,
conversamos ininterruptamente até que ela decide dormir. Eu continuo. Na frente do computador parece que não tenho sono. Quando amanhece eu vou dormir.
Um sono breve, quase cochilo, pois logo em seguida minha mãe irá me acordar pra outro dia como este. E que dia chato. Aliás, todos os meus dias nesse ano
estão um saco. Minha vida é um saco. Ao menos hoje dei uma volta fora do meu ciclo rotineiro. Será que ela foi mesmo dormir? Será que ela está bem?

É uma boa garota, afinal.

Dormir.

8 Comments:

  1. Arthur said...
    Não sei muito o que comentar sobre o texto em si, além dele estar bem pessoal e que ele ocorre há uns três anos né. :x

    E puxa, acho o máximo como a gente é oposto em certos pontos-chaves:

    "Quem não gosta de ter aquele amigo que sempre sabe o melhor a se fazer, o que é certo, o que vai funcionar..." Sempre tento tomar minhas decisões mas tem vezes que eu acho mais interessante recorrer a você. Isso é raro mas quando eu faço eu acho que você saberia melhor o que eu deveria fazer naquela hora e acho legal que você coopera com isso. xD E isso me dá uma puta segurança.

    Isso de fazer com que a pessoa pense, estimular isso, pra que elas mesmas resolvam o problema... é uma boa face de um talento pra ensinar, bem válido. :D

    Xeu ver msis um ponto... Sim, as pessoas desenvolvem 'crostas' por medo de algo... Ao meu ver, é o medo da culpa no caso. Ou da dependência de alguém por vccê, talvez.. :x

    Enfim, é isso, e agora acostume-se a ter essas várias amizades grudentas. *-*
    TK said...
    Gostei desse ponto de vista...
    aconselhar as pessoas é algo que eu sempre gostei de fazer, mas ao mesmo tempo ficava meio inseguro de tá falando merda, errando, e ficava naquela de "eu acho isso e aquilo, mas vc que sabe" (mesmo que nada xD).
    Tu me fez pensar agora que talvez o melhor seja fazer pensar rs.

    PS: pela primeira vez me identifiquei mais com o conto... O contexto de ficar até de madrugada no pc, acordar logo em seguida pra aula chata, lance de todo mundo se preocupar com o seu estudo pra vestibular mais do que vc mesmo...
    Nichollas Fonseca said...
    Arthur, realmente o texto se baseia em várias experiências minhas, mas tu vai perceber que ele nem de longe reflete apenas um ano, ou uma época. A minha idéia não era essa.

    Enfim, TK, que bom que o texto te trouxe impressões pessoais, a minha meta dá 1 passo a frente sempre que escuto coisas do tipo.

    Cya!
    Vitória M. said...
    Eu tenho certo receio em dar conselhos também, por isso na maioria das vezes abstenho-me de tal ato.
    Eu gostei do post ~.~
    Arthur said...
    soa interessante... medo :X
    Vitor Gomes said...
    Ei mah, só lembrei dessa música (metal! \,,/):

    "I am covered with cold ice, I am flying in the black skies
    Fighting everyday, but it feels like, it's just the same
    Oh time... you cut my heart and soul
    you carve my will and passion of life
    'cause the days of emptiness are piercing through me like arrows"

    Mto irados os textos, no aguardo do próximo post O_O

    E mah, tu é tipo meu herói (ui), sempre dando conselhos e tals ou pelo menos ouvindo minhas lamentações, vlw ae... :P
    Lily said...
    Eu não acho que [bons] conselhos sejam o mais importante. Pra mim vale mto mais ter alguém do lado. Vc preenche esses requisitos. Ponto pra vc.

    E achei bem legal como o conto é em primeira pessoa, mas em mtas partes vc sente que é vc, e não o personagem, que tá falando [eu pelo menos fiquei com essa estranha confusão].

    Acho que é isso. A cada post conhecendo um pouco mais [ou não]. auehauheuahe Mas até agora to gostando. Acho que isso importa.
    Anônimo said...
    oi, obrigada pela visita. Na verdade o nome do meu blog veio da matemática haha que eu nem sou muito fã. N como uma incógnita a ser descoberta. Pink Floyd, Sandman e Brilho Eterno é uma boa combinação de referência, sem contar o nome do seu blog também, gostei da musicalidade. Até.

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